Polícia Federal desmantela duas empresas clandestinas na COP30

A Polícia Federal anunciou nesta sexta-feira, 21 de novembro, o fechamento de duas empresas clandestinas de segurança que operavam durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém. Essas empresas estavam atuando em áreas oficiais e espaços temáticos do evento, sem a devida autorização.

Durante fiscalizações nas semanas anteriores, a PF encontrou casos de profissionais de apoio exercendo funções exclusivas de vigilantes, o que contraria a legislação vigente no país. A obrigatoriedade das empresas de notificarem a polícia, com pelo menos 24 horas de antecedência, acerca dos escalados para vigilância, também foi desconsiderada.

Operação e descobertas

Nas ações de fiscalização, mais de 700 profissionais de segurança foram inspecionados em diversas localidades como Zona Azul, Zona Verde, Agrizone e outras. Um hotel-barco utilizado na conferência também passou por vistoria. As investigações resultaram na emissão de quatro autos de infração por não conformidade com as normas do Estatuto da Segurança Privada, incluindo infrações relacionadas à análise de risco e ao controle de público.

“As equipes detectaram desde a não comunicação obrigatória à Polícia Federal até a presença de empresas sem licença para realizar segurança patrimonial,” destacou a nota da PF.

Além disso, foram apreendidos detectores de metais e rádios em posse das empresas irregulares. A PF emitiu notificações para que as entidades se adequassem ao novo estatuto de segurança privada, assegurando a integridade dos participantes do evento.

Reação ao incêndio

Após um recente incêndio em pavilhões da Zona Azul, a PF e o Corpo de Bombeiros conduziram inspeções no local, garantindo a segurança antes de permitir a retomada das atividades. A área foi devolvida à UNFCCC e voltou a operar às 20h40. O Ministério da Saúde informou que 27 pessoas receberam atendimento devido à inalação de fumaça ou ansiedade, sendo que 21 já foram liberadas e as demais seguem sob cuidado em instituições de saúde da cidade.

Segundo o Ministério da Saúde, não há registros de queimaduras entre os feridos.

A operação da PF durante a COP30 elevou o nível de segurança dos espaços, garantindo a tranquilidade de quem esteve presente na conferência.