Guterres clama por transição energética e resultados na COP30

Secretário-geral da ONU destaca a necessidade de compromisso político com fontes renováveis

21/11/2025 às 21:58
Por: Redação

O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo incisivo nesta sexta-feira (21) para que os países acelerem a transição energética rumo a fontes renováveis. Ele destacou a importância de unir a vontade política às decisões econômicas para efetivar uma transição justa. Além disso, cobrou resultados concretos da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém.

 

Guterres enfatizou que, no último ano, 90% da nova capacidade de geração de energia foi oriunda de fontes renováveis, em uma clara demonstração de que a economia favorece essa transição. Contudo, ele alertou que as políticas e orçamentos de cada país precisam caminhar de forma alinhada para viabilizar essa mudança, chamando atenção para a necessidade de um esforço conjunto entre as nações.

 

Pressões políticas e sociais

O evento COP30 está sob pressão para apresentar resultados, tendo em vista que as expectativas globais estão elevadas. Guterres reafirmou que "o mundo já ouviu desculpas suficientes" e exige ações práticas e compromissos firmes dos líderes presentes no encontro. A conferência, inicialmente programada para encerrar nesta sexta-feira, pode ser estendida caso não se cheguem a consensos sobre as pautas em discussão.


"Precisamos impulsionar rapidamente a transição justa para as energias renováveis", declarou Guterres em uma rede social, sublinhando a urgência do tema.


O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, também reforçou o chamado à cooperação internacional, instando os países a superarem divergências e a colaborarem pelo bem do planeta. Ele destacou que o momento demanda esforços conjuntos, sem divisões entre vitória ou derrota, exaltando a força do consenso.

 

Desafios e perspectivas futuras

A divulgação de um novo rascunho do Pacote de Belém pelo secretariado da Convenção do Clima é uma tentativa de avançar nas negociações, apresentando indicadores para a Meta Global de Adaptação. No entanto, organizações sociais criticam a falta de decisões mais firmes sobre o abandono dos combustíveis fósseis, sinalizando desafios ainda por vencer.


O embaixador Corrêa do Lago reforçou que "não podemos nos dividir no contexto do Acordo de Paris", buscando transparência e soluções efetivas.


Com esses impasses em foco, a expectativa recai sobre possíveis prolongamentos das negociações, que buscam alcançar um consenso necessário para enfrentar as mudanças climáticas. A comunidade internacional aguarda por definições que possuam impacto real e significativo na luta global por um meio ambiente sustentável e equilibrado.

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