
Comunicadoras, pesquisadoras e líderes de diversas nacionalidades se reuniram nesta segunda-feira, 24 de novembro de 2025, em Brasília, para um importante debate sobre estratégias de segurança digital e enfrentamento à crescente violência online. O evento focou especificamente nas experiências de mulheres negras, indígenas e latino-americanas, abordando a urgência de fortalecer mecanismos de proteção no ambiente digital.
A iniciativa, parte integrante da programação oficial da Marcha das Mulheres Negras 2025, foi organizada pela Rede de Jornalistas Pretos (Rede JP) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). O painel intitulado "Resistir é Comunicar: Gênero, Desinformação e Violência Digital" destacou a complexidade dos desafios enfrentados por essas comunicadoras na era digital.
Durante o evento, ocorreu o lançamento da aguardada Cartilha Repcone sobre Proteção Digital. Este material, elaborado pela Rede de Proteção Digital a Comunicadoras Negras (Repcone), é uma compilação inédita de orientações práticas, desenvolvida para oferecer prevenção e apoio essenciais. A cartilha visa capacitar comunicadoras a navegar com mais segurança e resiliência no cenário digital contemporâneo.
"É uma honra para nós poder promover este evento e o lançamento da nossa cartilha. Proporcionar espaços para debate e troca de conhecimento sobre profissionais, ativistas e comunicadoras tão importantes para o nosso país e para o mundo, mulheres negras especiais", afirmou Marcelle Chagas, coordenadora geral da Rede Jornalistas Pretos.
A coordenadora enfatizou a relevância de criar fóruns para discussões profundas, que permitam a troca de experiências e o fortalecimento mútuo entre as participantes, reconhecendo o valor do trabalho dessas mulheres na comunicação e no ativismo.
O encontro foi sediado na Faculdade de Comunicação da UnB, localizada no Campus Universitário Darcy Ribeiro, na Sala 13, com início às 15h. A organização garantiu que o acesso ao evento fosse gratuito, permitindo ampla participação da comunidade interessada, mas exigiu um registro prévio via formulário online para controle e planejamento.
Essa medida visou otimizar a logística do evento e garantir que todos os participantes pudessem desfrutar plenamente das discussões e do conteúdo apresentado, reforçando o compromisso com a acessibilidade e a organização.
A realização do evento foi fruto de uma colaboração estratégica entre a Rede JP e a Repcone, contando com o apoio significativo de diversas organizações. Entre os parceiros, destacam-se a Mozilla Foundation e a Rede de Jornalistas Afro-latinos, instituições reconhecidas por seu engajamento com direitos digitais e diversidade.
Além disso, a Universidade de Brasília atuou como coorganizadora, juntamente com o programa Vozes da Rede, consolidando a importância acadêmica e social da discussão. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também figura como parceira, demonstrando o engajamento da mídia pública na promoção desses debates cruciais para a sociedade.