
A Faixa de Gaza foi palco de uma série de ataques aéreos israelenses neste sábado, 22 de novembro de 2025, que causaram a morte de pelo menos 20 pessoas e deixaram mais de 80 feridas, segundo informações de autoridades de saúde locais. Os incidentes representam um novo desafio para o já delicado cessar-fogo estabelecido entre o grupo militante palestino Hamas e Israel, gerando preocupação internacional.
O primeiro ataque atingiu um carro no bairro densamente povoado de Rimal, incendiando o veículo e causando a morte de cinco pessoas, cuja identificação como passageiros ou transeuntes ainda não foi confirmada. Dezenas de moradores correram para o local na tentativa de apagar o fogo e prestar socorro às vítimas, em meio ao caos.
Pouco tempo depois do incidente em Rimal, a força aérea israelense realizou outros dois ataques aéreos, desta vez contra residências. As ações foram registradas na cidade de Deir Al-Balah e no campo de refugiados de Nuseirat, ambos localizados na região central da Faixa de Gaza, onde pelo menos dez pessoas perderam a vida e várias outras ficaram feridas, de acordo com relatos médicos.
Os militares israelenses justificaram as ações como resposta a uma "violação flagrante do acordo de cessar-fogo", alegando a travessia de um homem armado por uma "estrada humanitária" usada para a entrada de ajuda no sul de Gaza.
A situação se agravou com um novo bombardeio israelense, que atingiu uma residência na parte oeste da cidade de Gaza. Este último ataque ceifou a vida de, no mínimo, mais cinco palestinos e feriu outros, elevando o número total de mortos para pelo menos 20 ao longo do dia.
Diante dos acontecimentos, o exército israelense emitiu um comunicado alegando que um homem armado havia violado o território controlado por Israel, utilizando uma "estrada humanitária" no sul de Gaza. A Força de Defesa de Israel classificou a ação como uma "violação flagrante do acordo de cessar-fogo" e afirmou que os ataques em Gaza foram realizados em resposta a essa transgressão.
Uma autoridade do Hamas em Gaza rejeitou veementemente as alegações militares israelenses, classificando-as como "infundadas" e "desculpa para matar", ao mesmo tempo em que reiterou o compromisso do grupo com o cessar-fogo vigente.
Este ciclo de ataques e contra-ataques ressalta a profunda instabilidade da trégua, que foi concluída há mais de seis semanas. Tanto Israel quanto o Hamas têm se acusado mutuamente, de forma recorrente, de violar os termos do acordo, alimentando um clima de desconfiança e incerteza na região.
Os recentes eventos demonstram a persistente fragilidade do cessar-fogo e a dificuldade em manter a calma na Faixa de Gaza. A troca de acusações entre as partes envolvidas apenas agrava as tensões, dificultando qualquer perspectiva de paz duradoura e expondo a população civil a contínuos riscos de violência e perda de vidas.