
O Atlético-MG deixou escapar o título inédito da Copa Sul-Americana e a tão cobiçada vaga na Libertadores de 2026 ao ser superado pelo Lanús, da Argentina, na disputa de pênaltis por 5 a 4. A emocionante final, que se manteve em um empate sem gols por 120 minutos, incluindo o tempo regulamentar e a prorrogação, foi realizada no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai, em 22 de novembro de 2025. O momento decisivo veio na sétima rodada das cobranças, quando o goleiro Losada, do Lanús, fez a defesa crucial no chute de Vitor Hugo, selando a vitória dos argentinos.
Com este resultado, o Lanús encerrou um jejum de 12 anos, conquistando o segundo título de sua história na competição, sendo o primeiro em 2013. Além da glória continental e da presença garantida na Libertadores do próximo ano, a equipe argentina faturou uma premiação significativa da Conmebol no valor de 54,3 milhões de reais. O Alvinegro mineiro, por sua vez, garantiu 30,5 milhões de reais pelo vice-campeonato, consolidando sua participação em uma final de grande relevância, mesmo com a amarga derrota.
A conquista do Lanús na Sul-Americana de 2025, além do título, rendeu ao clube argentino 54,3 milhões de reais, enquanto o Atlético-MG recebeu 30,5 milhões de reais pelo vice-campeonato.
Durante a prorrogação, o time mineiro demonstrou maior ímpeto ofensivo e criou oportunidades claras que poderiam ter evitado a disputa de pênaltis. Aos 8 minutos do primeiro tempo extra, Caio Paulista arriscou um chute da entrada da área que passou para fora, perto da meta adversária. Pouco depois, aos 10 minutos, Rony tentou de cabeça, e na sequência, Biel finalizou com força no centro do gol, mas em ambas as ocasiões, o goleiro Losada, do Lanús, mostrou-se seguro com defesas importantes. Nos últimos 15 minutos adicionais, já no segundo tempo da prorrogação, Huck rolou para Biel, que avançou na área e chutou novamente, forçando outra grande intervenção do arqueiro argentino, que impediu a abertura do placar.
A série de cobranças de pênalti começou com grande alternância de emoções para ambas as equipes. O Lanús teve um contratempo inicial quando o goleiro Everson, do Atlético-MG, defendeu o chute de Walter Bou. Contudo, essa vantagem foi rapidamente anulada, pois Hulk, na sequência, chutou no meio do gol, facilitando a defesa de Losada e restabelecendo a igualdade no placar da disputa. Posteriormente, Izquierdo e Marcich converteram suas cobranças com sucesso para o time argentino, enquanto Gustavo Scarpa e Igor Gomes também balançaram as redes pelo lado brasileiro, mantendo a paridade e a tensão no ar.
A disputa seguiu intensa, com Aquino marcando para o Lanús na quarta cobrança, colocando a pressão sobre Biel, do Atlético-MG, que teve seu pênalti defendido por Losada, conferindo uma liderança momentânea aos argentinos. No entanto, o experiente Lautaro Acosta, do Lanús, errou sua cobrança na última rodada regular, isolando a bola e mantendo vivas as esperanças do Galo. O goleiro Everson, com grande categoria, cobrou e igualou o placar em 3 a 3, levando a decisão para as emocionantes cobranças alternadas, com tudo ainda em aberto.
Nas cobranças alternadas, Augustín Cardoso marcou para o Lanús, e Alexsander converteu para o Atlético-MG, mantendo a igualdade. Em seguida, Watson acertou o fundo da rede, recolocando os argentinos em vantagem novamente. O desfecho da partida veio quando o goleiro Losada fez a defesa crucial na cobrança de Vitor Hugo, selando a vitória do Lanús por 5 a 4 e garantindo o bicampeonato da Copa Sul-Americana, para a profunda frustração da equipe mineira, que buscava um título inédito na competição.
A primeira etapa do tempo regulamentar foi caracterizada por um jogo bastante truncado e uma forte marcação de ambas as equipes, resultando em poucas oportunidades claras de gol. Aos 13 minutos, Carrera, do Lanús, teve uma chance de abrir o placar, mas seu chute da entrada da área saiu fraco e foi defendido sem dificuldades por Everson. Em resposta, Arana, do Galo, disparou um potente chute de dentro da área, exigindo uma excelente defesa de Losada. A melhor oportunidade do Atlético-MG surgiu aos 18 minutos em uma cobrança de falta de Bernardo, que caprichosamente acertou a trave e saiu, assustando a defesa adversária. Nos minutos finais, Dudu rolou para Igor Gomes, cujo chute de fora da área saiu baixo e facilitou a defesa de Losada, enquanto Carrera arriscou um forte chute aos 46 minutos, mas sem perigo real para o gol mineiro.
Na volta do intervalo, o Atlético-MG adotou uma postura mais ofensiva e buscou insistentemente o gol, pressionando a saída de bola do adversário. Aos 13 minutos, Igor Gomes iniciou uma jogada no meio-campo, lançando para Dudu, que tabelou com Arana antes de chutar colocado, forçando Losada a espalmar para escanteio, em uma das jogadas mais perigosas do Galo. Aos 21, após assistência de Hulk, Junior Alonso arriscou um chute de fora da área, e a bola passou muito perto do gol do Lanús. Com a forte marcação do Galo, a equipe argentina enfrentou dificuldades para avançar do meio-campo, tendo uma de suas poucas oportunidades aos 44 minutos, com Castillo driblando a marcação dentro da área, mas seu chute rasteiro saiu ao lado do gol, encerrando o tempo regulamentar em 0 a 0.