Terça, 16 de Setembro de 2025

Ensino da História Afro-Brasileira nas Escolas Ajuda a Combater Preconceito, Afirmam Mestres

Mestres da Cultura Popular Defendem a Inclusão da História e Cultura Afro-Brasileiras no Currículo Escolar

16/09/2025 às 12:05
Por: Redação

Mestres da cultura popular defendem o ensino da história e cultura afro-brasileiras e africanas nas escolas como forma de combater a intolerância e o racismo. No Brasil, esse ensino está previsto na Lei 10.639/03 e deve ocorrer em todas as escolas públicas e particulares. A lei, no entanto, não é cumprida em muitas instituições.

Isabel Casimira, Rainha de Congo das Guardas de Congo e Moçambique Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário, e também dirigente da Federação dos Congados de Minas Gerais, critica a falta de esforço de algumas escolas em aplicar a lei.

Além de Isabel, Claudinei Matias do Nascimento, conhecido como Mestre-Capitão Prego do Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia, também defendeu a educação como forma de os brasileiros conhecerem a própria história, e de a história do povo negro e todas as suas contribuições nas mais diversas áreas de conhecimento não serem apagadas.

Isabel Casimira complementa que o ensino nas escolas ajudaria as pessoas a conhecerem e respeitarem crenças e religiões, mesmo que diferentes da que praticam.

Em 2025, após 17 anos de espera, o congado tornou-se Patrimônio Cultural do Brasil, registrado como Saberes do Rosário: Reinados, Congados e Congadas no Livro dos Saberes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A 14ª edição do Festival Artes Vertentes tem como tema Entre as margens do Atlântico, propondo um diálogo entre três continentes intimamente ligados pela história: América, África e Europa.

*A equipe de reportagem viajou a convite do Festival Artes e Vertentes